A reinvenção das bicicletas. E a nossa?


Há alguns dias, assisti a uma palestra da empresa CO.R que mexeu bastante comigo. A CO.R presta serviços de consultoria, oferecendo estratégias de inovação às empresas. A fundadora, Rita Almeida, é uma profissional absolutamente criativa, de muita visão de negócios e, principalmente, de gestão de pessoas. E a empresa, obviamente, tem a cara dela. Na palestra, falamos em inovação, criatividade e engajamento das pessoas. Enfim, me encantei com essa história toda. 


Dentre tantas ideias legais que trocamos, uma das que mais me deixou pensando foi sobre o case da empresa Caloi. Sim, aquela das bicicletas da nossa infância! E o que as bicicletas da Caloi têm a ver com essa reflexão? É que elas me fizeram pensar sobre reinvenção


A Caloi tem mais de 100 anos de história e é uma empresa familiar. Seus dirigentes nunca tinham pensado em alterar seu posicionamento de marca, missão, identidade visual etc. Afinal, para o presidente, estava tudo indo bem. Eles não produzem bicicletas de competição, mas de passeio, e nisso são líderes. Para que mudar, afinal? (Só um parêntese: irônico uma empresa que vende o movimento querer permanecer da mesma forma, não?) Porque se a gente para, a vida atropela. O pessoal do marketing da empresa percebeu isso, chamou o pessoal da CO.R e convenceu o presidente de que a reinvenção é uma questão de sobrevivência à marca. Permanecer na inesquecível frase "não esqueça da minha Caloi" seria um atraso. 

Depois de muita pesquisa, estudo e trabalho, a Caloi deixa de ter como missão "ser a líder na América Latina em vendas de bicicletas" para movimentando a vida. Isso é "pensar fora da caixa", como costumo dizer, e reinventar-se. É evolução.  A partir disso, foi criada uma campanha linda. Dá uma olhada no vídeo:


O poema da Clarice - que na sequência normal traz um sentido, e, se lido de trás para a frente, traz outro - foi a inspiração para esse vídeo.  

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…

Daí pensei: se as empresas que se reinventam conseguem criar coisas lindas como essa, imaginem, então, as pessoas? Sair do lugar, pensar diferente, olhar por outro viés. Dói, é verdade. Mas é vital. Pôr a vida em movimento...  Enfim, deixo aí o início de alguns questionamentos. Eu avisei que tinha mexido com a minha cabeça!

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